Isabel de Aragão ( 4 de janeiro de 1271– Estremoz, 4 de julho de 1336)



DESCRIÇÃO ARTÍSTICA
O acesso a esta capela barroca faz-se por um portão em ferro e de seguida por uma porta em mármore da região, onde se destaca o brasão real. A escadaria em mármore, é decorada com azulejos seiscentistas. À entrada, duas pias em brecha da Arrábida. A capela é de nave única, com planta retangular e abóbada de berço.
Por cima da porta, um coro em mármore branco de Estremoz, no qual se lê um agradecimento à Rainha Santa Isabel pela intervenção divina que em 1808 protegeu Estremoz das pilhagens e massacres das tropas francesas. A rematar, as armas reais das Casas de Portugal e de Aragão. Lateralmente, azulejos setecentistas representando dois anjos custódios.
No altar-mor, três imagens do século XX: ao centro a Rainha Santa, à direita São Filipe Néri e à esquerda São Lázaro.
Nas paredes, pinturas atribuídas a André Gonçalves (Lisboa, 1685 – Lisboa, 1762) e painéis de azulejo da oficina de Teotónio dos Santos (batizado em 24 de fe-vereiro de 1688, na Igreja de S. João de Santa Cruz da cidade de Coimbra – morreu em 10 de outubro de 1762, em Lisboa).
AZULEJOS
- O Milagre da criança salva pela Rainha de morrer afogada no rio Tejo;
- O Milagre das águas do Tejo que se apartam, recorda a lenda de Santa Iria cujo o túmulo foi encontrado no fundo do rio.
D. Isabel avança pelo rio para prestar homenagem à Santa quando por milagre as águas se apartam.
- A Lenda da mulinha ou a Paz de Alvalade, relata o episódio histórico da batalha de Alvalade que opôs D. Dinis ao filho o Infante D. Afonso. Estando os exércitos a postos, a rainha surge montada na sua mula apelando à paz.
PINTURAS
- O Milagre das Rosas testemunha a sua bondade para com os pobres a quem às escondidas do rei ia levar pão e dinhei-ro. Um dia, o esposo desconfiado pergunta-lhe o que leva no regaço. D. Isabel abrindo o avental responde – “São Rosas, Senhor”. O pão havia-se transformado em rosas!
- O Milagre da transformação do vinho em água relata um episódio da vida da Rainha quando esta adoece e o médico a aconselha a tomar um copo de vinho tinto. Por milagre, o vinho trazido dentro de uma pequena garrafa, transforma-se no copo, em água.
- A Tomada de hábito da Rainha Santa Isabel.
- O Milagre de Arrifana. Em 1325, indo D. Isabel a caminho de Santiago de Compostela, cura uma criança cega, na vila de Arrifana, Santa Maria da Feira.
- As Rainhas servem as freiras no Convento de Santa Clara-a -Velha, ao centro a sua nora, a Rainha D. Beatriz e à esquerda, Santa Isabel envergando o hábito de Clarissa mas com a coroa real.
- O Milagre da Aparição da Virgem a Santa Isabel. No leito da morte tem uma visão da Virgem Maria. D. Isabel pede à nora que se afaste para dar lugar à “Senhora de vestes bran-cas” que ninguém, senão ela, viu.
No teto, pintura do final do século XVIII com a subida de Santa Isabel ao céu.
O púlpito é da segunda metade do século XIX, ao qual outrora se acedia por uma escada em madeira.
À direita do altar-mor, uma estreita porta dá acesso a um pequeno compartimento que diz a tradição ter feito parte dos aposentos da rainha Santa Isabel e local onde morreu.
A 11 de fevereiro de 1282, com aproximadamente 11 anos, Isabel de Aragão casou-se então por procuração com o soberano português D. Dinis na capela de Santa Ágata no Palácio real de Barcelona. Do seu casamento com o rei D. Dinis teve dois filhos: D. Afonso IV (8 de fevereiro de 1291 – 28 de maio de 1357), sucessor do pai no trono de Portugal; Constança (3 de janeiro de 1290 – 18 de novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela.
Isabel faleceu, tocada pela peste, em Estremoz, a 4 de julho de 1336, com 65 anos, tendo deixado expresso em seu testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.
No século XVII, a rainha D. Luísa de Gusmão, regente em nome de seu filho D. Afonso VI, transformou em capela o quarto em que a Rainha Santa Isabel havia falecido.
| Atribuições | Representada como rainha de Portugal, com rosas no regaço do vestido ou vestida com o hábito da Ordem Terceira de São Francisco, com o bordão de peregrina a Santiago de Compostela. |
O acesso a esta capela barroca faz-se por um portão em ferro e de seguida por uma porta em mármore da região, onde se destaca o brasão real.





ESCADARIA QUE DÁ ACESSO À CAPELA.
Escadaria de quatro lances, em mármore, é decorada com azulejos seiscentistas.





CAPELA
A capela é de nave única, com planta retangular e abóbada de berço.


Por cima da porta, um coro em mármore branco de Estremoz, no qual se lê um agradecimento à Rainha Santa Isabel pela intervenção divina que em 1808 protegeu Estremoz das pilhagens e massacres das tropas francesas. A rematar, as armas reais das Casas de Portugal e de Aragão. Lateralmente, azulejos setecentistas representando dois anjos custódios.


TETO DA CAPELA

Nas paredes, pinturas atribuídas a André Gonçalves (Lisboa, 1685 – Lisboa, 1762) e painéis de azulejo da oficina de Teotónio dos Santos (batizado em 24 de fe-vereiro de 1688, na Igreja de S. João de Santa Cruz da cidade de Coimbra – morreu em 10 de outubro de 1762, em Lisboa).


ACESSO À SACRISTIA




À direita do altar-mor, uma estreita porta dá acesso a um pequeno compartimento que diz a tradição ter feito parte dos aposentos da rainha Santa Isabel e local onde morreu.

ACESSO AO QUARTO ONDE MORREU A RAINHA SANTA ISABEL.
À direita do altar-mor, uma estreita porta dá acesso a um pequeno compartimento que diz a tradição ter feito parte dos aposentos da rainha Santa Isabel e local onde morreu.








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Como referir este texto:
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VEIGA, Francisca Branco (2024), Capela da Rainha Santa Isabel, Castelo de Estremoz (blogue da autora Francisca Branco Veiga). Disponível em: https://franciscabrancoveiga.com/ [28 de Setembro de 2024].
FOTOGRAFIAS: @franciscabrancoveiga e @joseveiga
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