Os primeiros Padres da Companhia de Jesus

Autor desconhecido
Século XVI-XVII
Desenho a sanguínea sobre papel
Roma, Arquivo da Companhia de Jesus

Os primeiros Padres da Companhia de Jesus, aqui representados, são, da esquerda para a direita e de cima para baixo:Inácio de Loyola, Diogo Lainez, Francisco Xavier, Pedro Fabro, Nicolau Bobadilha,Simão Rodrigues, Afonso Salmerón, Pascásio Broet, João Codure e Cláudio Le Jay.

Santo Inácio de Loyola e seus companheiros
Autor desconhecido
Século XVII.
Pintura a óleo sobre tela
Arquidiocese de Braga, Museu Pio XII

Insc.: O GRANDE PATRIARCHA SANTO INACIO DE LOYOLA COM SEUS PRIMEIROS COMPANHEIROS OS VENERAVEIS PADRES PEDRO FABRO, S. FRANCISCO XAVIER, DIOGO LAYNEZ, AFFONSO SALMERÃO, NICOLAO DE BOBADILHA, SIMÃO RODRIGUES, CLAUDIO JAYO, JOÃO CODURE, PASCHASIO BROET

No dia da festa da Assunção de Nossa Senhora, a 15 de Agosto de 1534, um grupo de estudantes (Inácio de Loyola, Pedro Fabro, Francisco Xavier, Diogo Laynez, Affonso Salmerão, Nicolao de Bobadilha e Simão Rodrigues), núcleo inicial da futura Companhia de Jesus, reuniu-se na cripta da capela de S. Dionísio, em Montmartre, Paris. Pedro Fabro, então o único padre, celebrou missa, introduzindo, no momento da comunhão, uma cerimónia de juramento, na qual cada um dos companheiros pronunciou votos de castidade perpétua, pobreza evangélica e de realizar uma peregrinação a Jerusalém.

S. Francisco de Borja, S. Francisco Xavier e Santo Inácio de Loyola
Autor desconhecido
Século XVII
Pintura a óleo sobre tela
Diocese de Santarém

Estão aqui representados três dos fundadores da Companhia de Jesus, os primeiros a serem canonizados: S. Francisco de Borja (Gândia, Valência, 1510 – Roma, 1572), à esquerda; S. Francisco Xavier (Xavier, 7 de abril de 1506 — Sanchoão, 3 de dezembro de 1552), ao centro; e Santo Inácio de Loyola (Loyola, 1491 – Roma, 1556), à direita.

Ciclo da vida de S. Francisco Xavier
Papa Paulo III recebe S. Francisco Xavier e os seus companheiros
André Reinoso (activo 1610-1641) e colaboradores
1619
Óleo sobre tela
Lisboa, igreja de S. Roque, sacristia

São Francisco Xavier, de joelhos diante do trono papal, e os seus companheiros, durante a audiência papal em 1539, solicitam-lhe a devida licença para receberem as ordens sacras e partir para a Terra Santa. Em segundo plano, de pé atrás de Francisco Xavier, encontra-se S. Inácio de Loyola.

P. Simão Rodrigues de Azevedo, natural de Vouzela, um dos Fundadores da Companhia e primeiro Provincial de Portugal.
Pintura a óleo sobre tela existente na Residência de S. Roberto Belarmino (Casa de Escritores), Lisboa.

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VEIGA, Francisca Branco (2023),   Os primeiros Padres da Companhia de Jesus (blogue da autora Francisca Branco Veiga). Disponível em: https://franciscabrancoveiga.com/ [22 de Dezembro de 2023].

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Inácio de Loyola, os Exercícios Espirituais e a Natividade

Inácio de Loyola (1491-1556), nos Exercícios Espirituais (parágrafos 111-117), exorta a redescobrir o sentido da Natividade, e a aprender a contemplar o Natal com outros olhos.

Pretendia Inácio de Loyola tornar o momento de numa verdadeira introspecção, procurando ver “com outros olhos” na “composição de lugar” a mesma admiração que os pastores sentiram diante da visão da cabana onde Jesus nasceu. 


Sebastiano Ricci (Italiano, 1659–1734)
Sagrada Família com Santo Inácio de Loyola
Óleo sobre tela
128 x 95.6 cm

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EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS

Segunda Semana

«É DO NASCIMENTO

Oração preparatória, a habitual [46].

111 – Primeiro preâmbulo é a história; e será aqui como desde Nazaré saíram nossa Senhora, grávida quase de nove meses, como se pode piamente meditar, assentada numa jumenta, e José e uma serva, levando um boi, para ir a Belém pagar o tributo que César impôs em todas aquelas terras [264].

112 – Segundo [preâmbulo], composição vendo o lugar; será aqui ver, com a vista imaginativa, o caminho desde Nazaré a Belém, considerando o comprimento, a largura, e se tal caminho era plano ou se por vales ou encostas. Assim mesmo, observar o lugar ou gruta do nascimento, se era grande, pequeno, baixo, alto, e como estava preparado.

113 – Terceiro [preâmbulo] será o mesmo e da mesma forma que na contemplação precedente.

114 – Primeiro ponto é ver as pessoas, a saber, ver nossa Senhora e José e a serva, e o Menino Jesus depois de já ter nascido, fazendo-me eu um pobrezinho e escravozito indigno que os observa, os contempla e os serve em suas necessidades, como se presente me achasse, com todo o acatamento e reverência possível; e, depois, reflectir em mim mesmo para tirar algum proveito.

115 – Segundo [ponto]: observar, advertir e contemplar o que falam; e, reflectindo em mim mesmo, tirar algum proveito.

116 – Terceiro [ponto]: observar e considerar o que fazem, como é caminhar e trabalhar, para que o Senhor venha a nascer em suma pobreza e, ao cabo de tantos trabalhos de fome, de sede, de calor e de frio, de injúrias e afrontas, para morrer na cruz; e tudo isto por mim; depois, reflectindo, tirar algum proveito espiritual.

117 – Acabar com um colóquio, como na contemplação precedente, e com um Pai nosso.»

Pieter Paul Rubens
A Adoração dos Pastores , 1608
Óleo sobre tela
300×192 cm

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VEIGA, Francisca Branco (2023),   Inácio de Loyola, os Exercícios Espirituais e a Natividade (blogue da autora Francisca Branco Veiga). Disponível em: https://franciscabrancoveiga.com/ [11 de Dezembro de 2023].

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