
O jesuíta Inácio de Azevedo, tinha sido encarregado pelo Geral Francisco de Borja (1510-1572) de levar uma cópia da Madona ditípicam San Luca para a Rainha de Portugal D. Catarina, mandou fazer reproduções desta mesma imagem, as quais colocou à veneração nos colégios jesuítas de Coimbra e Évora. In Exposição “‘Ver novas todas as coisas’: Da conversão à canonização de Inácio de Loyola”. Lisboa, Museu de São Roque (31 mar. – 19 jun. 2022). Fotografia: Francisca Branco Veiga
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32 jovens missionários portugueses e oito espanhóis foram atacados junto às Canárias, quando rumavam ao Brasil, por cinco navios de calvinistas franceses.
No dia 5 de Junho de 1570, o jesuíta português Inácio de Azevedo, recém-eleito Provincial do Brasil, e mais 39 companheiros, quase todos entre os 20 e os 30 anos de idade, partiram a bordo do navio mercante Santiago, enquanto outros trinta companheiros seguiam em vasos de guerra, na frota em que seguia o novo Governador-Geral do Brasil Dom Luiz de Vasconcellos. Chefiados pelo Padre Inácio de Azevedo, 32 eram portugueses e oito espanhóis. Quando passavam junto às Ilhas Canárias, a embarcação em que viajavam foi capturada por um grupo de huguenotes calvinistas, a mando da rainha protestante da Navarra francesa Joana d´Albret, sendo o grupo assassinado, contudo os calvinistas pouparam a vida da tripulação da nave. Inácio Azevedo, com o quadro da Virgem, animava os seus irmãos e companheiros de viagem a entregarem-se pela Fé.
Eram 2 Sacerdotes ; 1 Diáconos; 23 Estudantes; 14 Irmãos.

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Os “Quarenta Mártires do Brasil” foram reconhecidos como mártires da fé pelos papas Gregório XV (1623) e Bento XIV (1742), e beatificados pelo papa Pio IX em 11 de maio de 1854.

Ignácio de Azevedo. Beato. Superior, mártir. N. 1526, Porto, Portugal; m. 15 de julho de 1570, no mar, em frente às Canárias, Espanha.
Entrou na Companhia de Jesus em 28 dezembro 1548, em Coimbra, Portugal.
Nasceu de pais nobres, sendo fruto de uma união duplamente ilícita: o seu pai, Manuel de Azevedo, era padre e sua mãe, Francisca de Abreu, religiosa beneditina. Esta herança pesou mais tarde na orientação da vida de Inácio de Azevedo, que se sentiu impulsionado a oferecer-se em desagravamento pelos distúrbios familiares.

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Veja-se sobre os Mártires do Brasil:
- Maria Cristina Osswald, “O martírio de Inácio de Azevedo e dos seus trinta e nove companheiros (1570) na hagiografia da Companhia de Jesus entre os séculos XVI e XIX”. Cultura, Revista de História e Teoria das Ideias, Vol. 27 | 2010 (Iconografia religiosa das invocações nacionais). In file:///Users/franciscaveiga/Downloads/cultura-354.pdf
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VEIGA, Francisca Branco (2024), Mártires do Brasil (15 de Julho de 1570) (blogue da autora Francisca Branco Veiga). Disponível em: https://franciscabrancoveiga.com/ [17 de Julho de 2024].
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